Sobre nós
O Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) possui apenas uma Área de Concentração, a Ecologia, composta por três linhas básicas de pesquisas: caracterização da biodiversidade, gestão e conservação da biodiversidade e uso sustentável da biodiversidade, que formam um continuum de temas de investigação científica que tem como objetivo principal promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade tropical em geral e da biodiversidade amazônica, em particular. A Ecologia é a ciência que integra estas três linhas de pesquisa e serve como referência conceitual para o desenvolvimento de interações com outras disciplinas das ciências biológicas, ciências exatas e naturais e ciências humanas.
O Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) da UNIFAP, EMBRAPA-AP, IEPA e CI-Brasil combina as abordagens de várias disciplinas das ciências exatas, humanas e biológicas para formar profissionais altamente qualificados, com uma base sólida e multifacetada de conhecimento sobre caracterização, conservação e uso da biodiversidade tropical.
O Mestrado, organizado na forma de Mestrado Acadêmico, visa proporcionar formação científica a portadores de título de nível superior, capacitando-os para pesquisa e docência na área de Biodiversidade Tropical, aprimorando seus conhecimentos básicos teóricos e práticos, imprescindíveis à execução de atividades científicas, e desenvolvendo o espírito crítico e o rigor na preparação cuidadosa de publicações científicas, incluindo a redação de monografias e dissertações. O curso de mestrado deve ser concluído em 24 meses.
O Doutorado visa o aprofundamento da formação científica, consolidando a capacidade de pesquisa e o poder criativo em Biodiversidade Tropical. Espera-se que o Doutor em Biodiversidade Tropical esteja apto a desenvolver, de forma autônoma, pesquisas científicas e a exercer todas as funções inerentes à pesquisa, docência ou outras atividades em Biodiversidade Tropical. O curso de doutorado deve ser concluído em 48 meses.
Apesar da forte ênfase do PPGBIO no desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas inovadoras, o profissional formado pelo programa não terá a sua atuação restrita ao setor acadêmico, representado geralmente pelas instituições de ensino superior e institutos de pesquisa. Ao longo do seu processo de formação, o aluno do PPGBIO será capacitado em um conjunto de habilidades técnicas que lhe permitirá trabalhar também, no setor empresarial e não governamental, auxiliando na gestão ambiental de indústrias dos mais diversos tipos, no desenvolvimento de projetos de conservação e promoção do uso sustentável da biodiversidade pela sociedade.
O Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) é um esforço conjunto da UNIFAP, do Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (IEPA), da Embrapa-Amapá e da Conservação Internacional. Ele tem como objetivo principal formar mestres e doutores com uma forte base científica para colaborar no grande esforço de promover a conservação e o uso sustentável da extraordinária biodiversidade existente no Amapá e na Amazônia. A criação de um Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical foi apontada como prioridade máxima em várias das reuniões interinstitucionais realizadas no Amapá durante os últimos três anos e a sua criação representa um passo importante para dotar a sociedade amapaense com um centro de excelência sobre pesquisa, gestão e uso sustentável de sua extraordinária biodiversidade.
O PPGBIO foi aprovado pela CAPES em julho de 2006 e já recebeu um conceito 4, uma nota excelente para um programa que foi recentemente criado. Na avaliação do último quadriênio da CAPES (2017-2020) o programa subiu para conceito 5, uma grande conquista. A meta do PPGBIO é tornar-se um programa de excelência internacional em ecologia, conservação e uso sustentável da biodiversidade no prazo de seis anos. Para atingir esta meta, o Colegiado do Programa trabalha em um conjunto de metas bastante ambiciosas e um processo de avaliação rigoroso.
A criação do PPGBIO é consistente com vários planos e políticas do Governo Federal, tal como a Política Nacional de Biodiversidade, o Plano Nacional de Áreas Protegidas, o Plano Estratégico do Ministério de Ciência e Tecnologia para a Amazônia, que, com algumas variações, visam estimular a formação e a fixação de recursos humanos qualificados nos Estados mais distantes do centro de decisão política do Brasil, tal como o Amapá. O PPGBIO também contribui com as obrigações que o governo brasileiro assumiu com a Convenção da Diversidade Biológica, pois visa, através de pesquisas e ações concretas de conservação, reduzir significativamente as pressões sobre as espécies e ecossistemas amapaenses, além de promover o uso sustentável dos recursos biológicos do país. Por fim, o PPGBIO é totalmente consistente com o novo Plano Nacional de Pós-Graduação (2005-2010) que visa corrigir as assimetrias existentes na distribuição geográfica e qualificação dos programas de pós-graduação no Brasil, testar novos modelos de associação entre instituições para a criação e implantação de programas de pós-graduação e formar profissionais altamente qualificados em áreas estratégicas, tal como ecologia e biodiversidade, para atuar em todos os setores da sociedade.
O Amapá é o Estado mais preservado do Brasil, contando ainda com mais de 90% dos seus ecossistemas naturais intactos, e considera a sua biodiversidade como um dos seus mais importantes recursos naturais para a promoção do desenvolvimento social e econômico. O Amapá possui 143.537 km² e possui uma biodiversidade extraordinária, estimada em mais de 400.000 espécies, muitas das quais endêmicas. O Amapá possui quase todos os mais importantes ecossistemas brasileiros: mangues, campos, campinas, cerrado, florestas de terra firme, florestas de várzea e florestas de igapó. A biodiversidade do Amapá é bem protegida, pois 55% do Estado é coberto por unidades de conservação federais e estaduais ou terras indígenas. Estas áreas protegidas são gerenciadas de forma integrada com as áreas não-protegidas, formando o Corredor de Biodiversidade do Amapá, uma das mais inovadoras propostas de conservação da biodiversidade no mundo, com um total de 11 milhões de hectares, ou cerca de 70% do Estado. O coração deste corredor é formado pelo maior parque de florestas tropicais do planeta, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, com mais de 3,8 milhões de hectares. Além disso, o Corredor de Biodiversidade do Amapá inclui os últimos grandes trechos protegidos de manguezais das Américas, um dos ecossistemas mais destruídos e pouco conhecidos no Brasil.anfona
O Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) foi criado em 1993 a partir da fusão de duas instituições de pesquisa que já existiam no Amapá: O Museu de História Natural Angêlo da Costa Lima, criado em 1974, e o Museu de Planas Medicinais Valdemiro Gomes, criado em 1982.
A Embrapa instalou um núcleo inicial no Amapá em 1980, mas em 1991 o núcleo ganhou autonomia administrativa e passou a ser denominado Embrapa Amapá.
A Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil) foi criada em 1985 em Belo Horizonte e hoje apresenta uma estrutura descentralizada em todo o Brasil, com escritórios em Belém, Brasília, Campo Grande, Salvador e Belo Horizonte. A CI-Brasil desenvolve ações de pesquisa e conservação no Amapá desde 2003 e já coordenou, junto com o IEPA, esforços significativos de síntese sobre a biodiversidade ao longo do Corredor de Biodiversidade do Amapá.
De março a agosto de 2003, várias organizações governamentais e não-governamentais do Amapá discutiram uma estratégia de desenvolvimento social e econômico baseada na conservação e uso sustentável da biodiversidade. Esta estratégia foi batizada de Corredor de Biodiversidade do Amapá e anunciada publicamente pelo Governador Antônio Waldez Góes durante o VII Congresso Mundial de Parques, em Durbam, África do Sul. O lançamento atraiu atenção mundial e consolidou esta iniciativa como uma das mais importantes para a conservação da biodiversidade na região tropical.
De setembro de 2003 a agosto de 2005, várias reuniões foram realizadas no Amapá para a elaboração de um plano de trabalho integrado para a implantação do Corredor de Biodiversidade do Amapá. Uma das principais recomendações surgidas destas reuniões é a criação de um programa de pós-graduacão em biodiversidade tropical para atuar como centro de pesquisa e pensamento estratégico para o Corredor de Biodiversidade do Amapá. Foi sugerido que o Programa deveria ser baseado nas instituições de pesquisa do Amapá com a colaboração de instituições fora do Estado.
De setembro a novembro de 2005, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amapá (SETEC) formou um grupo para discutir a possibilidade de criação de programas de pós-graduação no Estado e a criação de um sistema integrado de pesquisa no Estado. A CI-Brasil ofereceu apoio para catalisar os esforços visando a criação de um programa pós-graduação na área de ecologia e meio ambiente para o desenvolvimento de pesquisas ao longo do Corredor de Biodiversidade do Amapá.
Em novembro de 2005, o Dr. Fábio Scarano, Representante de Área de Ecologia e Meio Ambiente na CAPES, visitou Macapá a convite da SETEC e da CI-Brasil para fazer uma análise das instituições, infra-estrutura disponível e capacidade técnica dos doutores. Ele recomendou à SETEC um esforço integrado entre a UNIFAP, o IEPA, a Embrapa Amapá e a Conservação Internacional para a elaboração de uma proposta de um programa completo (mestrado e doutorado) de pós-graduacão em Ecologia e Meio Ambiente.
A SETEC coordenou uma equipe de trabalho formado por pesquisadores da UNIFAP, IEPA, Embrapa Amapá e CI-Brasil para a elaboração da presente proposta. A estrutura do programa, o regimento e o termo de colaboração entre as instituições visando a implantação do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) foram elaborados e amplamente discutidos. A equipe trabalhou de dezembro de 2005 a março de 2006 para estruturar a proposta aqui apresentada.
O PPPGBIO foi aprovado oficialmente pelo Comitê Técnico Científico da CAPES em 13 de julho de 2006.
O PPGBIO fica localizado no Bloco T do Campus Marco Zero do Equador da Universidade Federal do Amapá. Estamos distantes à apenas 20 minutos do aeroporto internacional de Macapá e à 2 minutos de caminhada do Marco Zero do Equador.
Através de sua parceria com a EMBRAPA-AP,o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, e a Conservação Internacional, os discentes do PPGBIO dispõem de amplo acesso a laboratórios, instrumentos e equipamentos necessários para realizar suas pesquisas vinculadas à pós-graduação.
Na UNIFAP, o PPGBIO possui prédio próprio que conta com as seguintes facilidades para os discentes, docentes e pesquisadores visitantes:
- Secretaria e sala de coordenação que funcionam todos os dias durante o horário comercial.
- Duas salas de aula equipadas com projetores data show e telas para projeção.
- Uma sala de informática equipada com 19 computadores all-in-one ligados em rede, projetor data show e lousa interativa.
- Uma sala para professores visitantes e pós-doutorandos.
- Banheiros.
- Internet.
Os alunos do PPGBIO também podem utilizar toda a infra-estrutura disponível na UNIFAP, composta por restaurante universitário, centros de pesquisa (Centro de Estudos da Amazônia), Biblioteca Central, Biblioteca da Pós-Graduação, salas de computação com computadores ligados em rede, ginásio poliesportivo, piscina, entre outras facilidades.
O Sistema de Avaliação da Pós-graduação foi implantado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em 1976 e desde então vem cumprindo papel de fundamental importância para o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil. Tais avaliações atribuem conceitos aos Programas numa escala de 1 a 7, e o fazem de modo comparativo. Aqueles com conceito igual ou superior a 3 atendem aos requisitos básicos da legislação vigente para serem reconhecidos pelo Ministério da Educação e, portanto, seus diplomas apresentam validade nacional. Programas passíveis de serem contemplados com os conceitos 6 e 7 são aqueles que alcançam o conceito 5 na avaliação e: (a) que apresentem desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelência; (b) que tenham um nível de desempenho altamente diferenciado em relação ao dos demais programas; e (c) que apresentam diferenciais de alta qualificação e desempenho e de forte liderança nacional. A atribuição de conceito aos Programas ocorre na sua criação e é revisto trienalmente por um comitê de pesquisadores convidados pela CAPES. Os conceitos são atribuídos independentemente, e com base em diferentes critérios, para os cursos acadêmicos (Mestrado Acadêmico e Doutorado) e profissionais (Mestrado Profissional). O Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) obteve o conceito 4 nas duas últimas avaliações trienais (2007-2009 e 2010-2012) para os níveis de doutorado e mestrado. Para ter mais detalhes sobre a avaliação do Programa pela CAPES, acesse os documentos produzidos pelo Comitê de Área, abrindo os arquivos diretamente neste link.
O PPGBIO vem mostrando um aumento sistemático da qualidade de seus indicadores desde sua criação. Nos gráficos abaixo, você poderá conhecer um pouco dessa evolução.